segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Contos de amor e vida





 


Bom dia, amigos e amigas!

 Leiam o que a mais competente e famosa jornalista Nívia Andres escreveu sobre o meu livro, "O inquietante perfume de cravos".

A escritora Arlete Gudolle Lopes acaba de lançar o seu primeiro livro – O inquietante perfume de cravos – Contos de amor e vida. Sim, são trinta histórias de amor e vida, contadas por alguém que ama a vida, que vive a vida plenamente, que conhece o êxtase e a dor de viver de forma intensa e apaixonada cuja sensibilidade se derrama para além de qualquer limite, incontida, irrepresável. E daí, escreve, pinta e borda e arma a teia com seus fios de seda para tecer narrativas, às vezes luz, às vezes só sombras. Porém, tanto no lume quanto na escuridão, as cores são berrantes, não há lugar para o meio-tom. Vermelho e negro, como a capa que envolve, amorosa e lindamente, o livro.

Pois bem, o primeiro grande valor dessa obra reside, justamente, na coragem de expor sentimentos e sensações os mais diversos, conforme manda a mente que comanda a mão e eles surgem, aos borbotões, sem pedir licença e inundam e transbordam e sufocam o leitor mais desavisado que, ao mergulhar na leitura, não pensava nem tencionava reconhecer-se com tanta profundidade e similitude nas páginas de um livro de contos. Daí a estranheza primeira e a não menos importante segunda e óbvia constatação: Madalena, Waleska, César Augusto, Maria Cecília, Maria Júlia, Estêvão, Lindalva, José Francisco, Elenice, Maria Helena, Eduardo, Aléksia, Narciso, Hanna, Mayara, Milena, Adeline, José Antônio, Ana Lúcia, Luís Artur, Fábio, Lharissa, Maciel, Pedro Henrique, Solange, Liana, Márcia Cristina, Marco Antônio, Daisy, Katherine, Rafaela, Maria Regina, Fabíola, Frederico, João Vicente, Ana Maria, Maria Teresa, Clarisse e Anita, Natália, Henrique, Luís Afonso, Ivanna, Vanessa, Cármen Valéria, João Vicente, Moisés, Guilherme, Carmine, Valéria, Jackeline, Carlos Afonso, Daniele ... sou eu, somos nós, transubstanciados nos milhares de matizes das palavras de Arlete, que vive e sabe ler a realidade de cada um e de todos, captando os conflitos universais da alma humana com engenho e arte! 

 Essa formidável avalanche de emoções se faz acompanhar de outro grande e importantíssimo valor – o literário, que encontra na forma e no estilo outro transbordamento, já que a autora é especialista na língua e faz uso do vernáculo com maestria, construindo histórias primorosas, de urdidura engenhosa, milimetricamente planejadas, observando a estrutura desse gênero narrativo tão difícil de compor que é o conto. Arlete faz com que exista algo especial na representação daquele recorte da vida que gera o conto – o flagrante de um determinado instante que, pela novidade, pela surpresa, pelo inusitado, pelo trágico ou pelo cômico de uma situação, possa interessar e prender o leitor. Dona de uma expressão verbal incomum, Arlete oferece, ainda, ao leitor, a possibilidade de ampliar e qualificar significativamente o vocabulário, apropriando-se de termos que não são utilizados no linguajar cotidiano, além de propor a discussão de temas atualíssimos e polêmicos que tensionam as relações pessoais na sociedade contemporânea.      

Há uma passagem, no conto Cartas de amor, de rara beleza, que compara os seres humanos com as borboletas. É pura prosa poética, como quase todo o livro, uma alegoria brilhante e encantadora que faz jus ao subtítulo – Contos de Amor e Vida, que mostra como a existência é fugaz se não for vivida apaixonadamente:

“Existe, em cada pessoa, um pouco de borboleta. Há seres que nascem crisálidas e vão se transformando aos poucos, embelezando-se quando mais se aprimoram a sua essência. Outros nascem belos, coloridos, radiantes, até que vão murchando. Lentamente. Do seu constante definhar, deles, só resta o casulo, o lado mais feio do belo inseto, que nasce e morre junto aos passantes distraídos, num rápido bater de asas. Tal como a metamorfose que sofre a borboleta, viver é um fato e um ato de renovação permanente. Morre antes quem não aceita viver intensamente em vida ou se recusa a aceitar o bom e o ruim, o alegre e o triste, o crime e o perdão. Tudo misturado, formando o amálgama trivial de que somos feitos: nervos, fibras, carne e osso, sangue, suor e lágrimas. A carcaça pode não ser bela se o interior é radiante. A palavra pode ser cruel se for dita com a mordaz intenção de ferir. Um olhar mais penetrante, um sorriso inesperado, uma atitude compreensiva ou uma palavra sussurrada ao vento podem contribuir para a cura de corações dilacerados. Um bom dia proferido com ênfase pode ser de bálsamo a quem se sente só mesmo estando rodeado de faces que riem, mas se mantêm inexpressivas, murchas, desprovidas da seiva da vida...”

Por fim, há outra peculiaridade marcante em O inquietante perfume de cravos que o torna ainda mais saboroso e encantador – a forma como a obra tem chegado até o leitor, diretamente das mãos da autora, através de uma “visita cultural” agendada! Poder-se-ia até pensar que é uma estratégia de marketing, mas trata-se de uma atitude racional para que o livro se viabilize economicamente e possa ser degustado por muitas pessoas, afinal, a Terra dos Poetas ainda carece de mais livrarias, quiosques e pontos de venda de livros. A ideia e sua consecução são magníficas, acompanhadas, sempre, de uma boa conversa, afeto e muito calor humano!

 Et bien sûr, estamos sedentos por mais histórias, Mme. Gudolle Lopes! 

sábado, 28 de setembro de 2013

Um pouco de mim, um poeminha qualquer



Criei-me ouvindo de meu pai esta frase: “Por trás de um grande homem, há uma grande mulher”. Tido, por mim, como um super-herói, sempre acreditei nele e que, para um homem ser brilhante, precisava do incentivo de uma mulher também brilhante. Qual foi minha tristeza quando, entre o blefe e o riso, meu velho traduziu o real sentido dessa frase. Explicou-me que, por ser cadeirante devido à poliomielite que o atacou aos 39 anos, precisava, às vezes, ser conduzido por sua mulher Eleanor, tão alta e forte como ele.

Há pouco, li algo parecido, dito por uma mulher famosa, cujo nome escapou-me nas brumas da memória que “por trás de uma grande mulher, há um homem acomodado”. Fiquei triste mais uma vez, porque conheço muitas mulheres, cujo sucesso em seus empreendimentos é fruto do grande incentivo de seus maridos.

Disso sou testemunha. Nunca quis ser escritora. Meu marido quase me “obrigou” a isso, usando palavras convincentes como: “Lê o que escritores que estão na mídia escrevem. Tu não ficas para trás”. Ou “Tu escreves muito bonito e bem”. Passai, então, a “obrigá-lo a ler o que eu escrevia e comentasse o lido. Ao final da leitura desses textos, o que me dizia? “Muito bom! Excelente!”, “De onde tu tiraste isso?” “Que final surpreendente!” Foi assim que nasceu “O inquietante perfume de cravos” e o poema "Um pouco de mim", que foi publicado em Zero Hora , exposto acima, à direita.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Olha eu na ZERO HORA outra vez, gente!


 

Mandei três fotos, incentivada pelo César Augusto, o meu adorável marido, para a página do leitor. Publicaram esta hoje, na página 18. Não era a mais bonita, mas... Confiram as outras amanhã!

Quando se deixa guiar pelos olhos mais bonitos do coração, as pessoas valorizam o feito e se encantam. Todos os artigos que envio para ZH publicam. Mandei um único poema para o mesmo jornal, na penúltima página, nO ALMANAQUE GAÚCHO, publicaram . O meu "O inquietante perfume de cravos" está sendo muito bem aceito. As vendas estão a mil... Realmente, a vida é BONITA, é BONITA!

domingo, 22 de setembro de 2013

A primavera X O inquietante perfume de cravos



A primavera vai chegando bem de mansinho, temerosa de se infiltrar no fim do frio do inverno. Para saudá-la, publico um pedaço do conto "O inquietante perfume de cravos", que usei como título do meu primeiro livro.

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Adorava a primavera porque a via como um ente indelével, que não maltrata. Acaricia, aconchega, espalha perfumes e cores pelos jardins das casas, exibe-se majestosa pelas praças, pelas janelas e se esparrama pelo campo. Chega como uma mocinha tímida, enfeitada com raras flores. Depois, eclode em policromia e olores que se espalham pelos ares, adentram-se pelos narizes e casas, reascendendo o afeto entre enamorados ou desiludidas como ela. Porque generosa, a primavera não poupa beleza e candura na diversidade das rosas, dos lírios, das orquídeas e de todas as flores mais lindas que ousam nascer, crescer e se apresentar em solo primaveril. Tudo se passava pela mente de Maria Júlia como um filme que via e revia, enchendo a cabeça de imagens e cores só para não pensar na atitude que deveria tomar e que vinha protelando há longa e sofrida noite e, quando o sol sorria para a manhã, tivera que viver um dia interminável.

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Que venha, pois, a PRIMAVERA, a linda Estação das Flores!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Marianna, a minha prendinha

 
 
Minha homenagem a todos os gaúchos!
 

Ops! O que há sobre a cabecinha da Marianna, são partes dos pegadores do guarda-roupa do quarto dela. Parecem..., mas não são!




segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Um olhar sob as flores e o sol

BOM DIA, QUERIDOS E QUERIDAS!

Hoje, o dia acordou emburrado como um velhinho ranzinza. No entanto, ao abrir as janelas, as flores amarelas dos ipês sorriram para mim como se fossem um sol dos mais brilhantes. Percebi que o inverno já quase guarda o poncho para dar entrada à primavera.
 
Foi a visão das flores dos ipês amarelos, que abraçam a minha casa e os amores-perfeitos, que enfeitam as jardineiras das minhas janelas, que me inspirou a fotografar o que vi lá fora e o eternizei em fotos, que chamei de “Um olhar sob as flores e o sol".

Quando estou triste ou algo não sai como espero, olho ao derredor e vejo que o mundo, apesar de minha dor,  ainda é bonito. Basta eu saber como e para onde olhar. Dei-me conta de que, se eu retiver o olhar sobre o próprio umbigo, continuarei prostrada em muito sofrimento. (Isso por que o  2013 roubou-me o que eu acreditava chamar-se SORTE GRANDE, MEGA SENA ACUMULADA, o PARAÍSO). Todas as lágrimas vertidas, e foram em caudais violentos, em cascatas acumuladas, serviram-me para comprovar, mais uma vez, esta máxima: A vida nada nos dá. Apenas nos empresta e depois nos toma!

Chorar é preciso! Sentir-me "coitadinha?" Ah! Isso, comigo, não!

Olhem as fotos. Não são bonitas? Basta saber olhar e sorrir, mesmo que o sorriso se faça escasso.






 

 

sábado, 7 de setembro de 2013

Ó Pátria amada, idolatrada! Salve! Salve!


 
 
 
 A Semana da Pátria desperta relativo interesse nos brasileiros e os sete dias de festejos da Semana Farroupilha ainda geram, nos gaúchos mais afeitos às tradições, relativa euforia também. No entanto, bastava a evocação desses eventos num passado não muito remoto, para que... aflorasse muito amor pelo Brasil e pelo Rio Grande do Sul. Hoje, quando proliferam, na televisão, jornais e revistas, notícias sobre mensalão, assassinatos, descaso com a saúde, derrocada da educação, drogatização ascendente, violência de toda a espécie, corrupção em todos os escalões do poder, muito pouco há para festejar. Apesar de cenário tão negativo, pessoas sensíveis não precisam de muita coisa para se ufanar do chão, mesmo que incontáveis situações conspirem contra o senso pátrio. Palavras significativas e gestos concretos despertam-lhes a força imperiosa e telúrica que lhes deveria ser contumaz e inerente.
 
É preciso que algo aconteça como uma data importante, para que aflore o orgulho de terem nascido em determinado lugar e para perceberem que a Pátria não é só um determinante da nacionalidade. É o solo onde plantam afetos, pessoas com quem interagem, o singelo prazer de cultivarem flores. É a magia do labor diário, a saudação entusiasmada a desconhecidos mesmo que tímida a resposta, a sensação do dever cumprido. É o elogio desinteressado, o abraço caloroso, as despedidas na certeza do reencontro, o prazer gerado por prática do que é correto e a generosidade compartilhada. Até a pressa que os contagia, a vontade de pularem etapas para mais rápido chegar ao almejado, o arrependimento de não terem tentado, a emoção incontida com a vitória ou o sucesso de brasileiros dentro e fora do país, a saudade de ausentes, a lágrima incontida, o telefonema adiado a quem amam, os repetidos deslizes do cotidiano.
 
São reminiscências e estranhas realidades que fazem doce o sabor da vida. Se atitudes triviais causam euforia, mexem com os sentimentos, imaginem o rufar de tambores anunciando a passagem de escolares desfilando garbosos em homenagem à Pátria, o som de violas e gaitas gemendo vanerões e rancheiras ou o trote dos cavalos anunciando a Semana Farroupilha. Em dança festiva, vislumbrem cada cidade, cada estado, todo o país ufanando-se dos feitos grandiosos de sua gente pela eliminação de vilanias, pela percepção do povo educado, saudável, seguro, realizado, usufruindo de benesses geridas pelo progresso, sentindo-se orgulhoso de si e de seu país, não apenas no 7 ou no 20 de Setembro, mas em todos os dias.
O que as pessoas não querem mais é sentir sua cidade, seu estado e o país como um fardo difícil de carregar e de não encontrarem motivos para grandes festejos. O que desejam é vivenciar o Ordem e Progresso da bandeira e, como Sepé Tiaraju, bradarem, com galhardia, este chão tem dono! – sonhando que o torrão sulino retome a condição singular de celeiro nacional. Se governantes procurarem agir como novos bandeirantes do Brasil, tropeiros do progresso sulino e o Ó Pátria amada, idolatrada! Salve! Salve! deixar de ser mero refrão no Hino Nacional, haverá sobejos motivos para festejar.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O INQUIETANTE PERFUME DE CRAVOS X REVISTA LIKE MAGAZINE

BOM DIA, amigos e amigas!

A revista LIKE MAGAZINE, a mais chique da Região do Vale do Rio dos Sinos, versão VOGUE, publicou, em página nobre, ao lado da descrição dos livros de Juliano Cazarré, Adriane Calcanhoto, Armando Freitas Filho, o meu livro, "O inquietante perfume de cravos". Aos poucos, a grande mídia está abrindo espaços para que meu "bebê”' exale, bem longe, o seu perfume.
 

 

domingo, 1 de setembro de 2013

O inquietante perfume de cravos = BRILHANDO!

 

O comentário, que posto abaixo, foi escrito  e publicado no meu facebook por Marian Salete Bertoldo Lewandowiski, uma das mais brilhantes professoras de Português de Santiago e da região. Amei!


"Arlete...
Já conhecia teus textos perfeitos, burilados em conhecimentos linguísticos, estes sempre atualizados e transmitidos com segurança e entusiasmo, cativando alunos e ouvintes com a criatividade dos macetes que criava e compartilhava...
 
Já conhecia a Arlete articulista, de linguagem precisa ao expor opiniões contundentes sobre temas atuais, merecidamente selecionada e publicada inúmeras vez...es em ZH...
 

Conhecer a Arlete, contista “de amor e vida”, mostrou uma nova faceta do teu talento, revelando a sensibilidade da ficcionista... ao pintar nuances da natureza... ao fazer analogia entre fases da existência e estações do ano... ao descrever ambientes com maestria... ao aprofundar-se em particularidades da alma humana, através de seus personagens, desnudando sentimentos e emoções...
Parabéns, Arlete Gudolle Lopes!...
 

Repito aqui, com maior convicção, meu recado na noite de autógrafos:
“Que o perfume dos cravos continue a te inquietar... levando-te a nos brindar... com novos aromas literários...”
Um abraço"