quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O choro da presidente, de DANNIE KARAM

 

Este texto verdadeiro, contundente e comovedor surrupiei do Facebook do Marco Aurélio Plada.  Ao arrastá-lo para este blog, trouxe-o como o encontrei. Creditei o que postei. Houve um terrível engano. Ao que me redimo.

O belo artigo é de autoria da DANNIE KARAM  e foi publicado originalmente em sua página no facebook, na fanpage "Pipoca, pimenta e poesia" e no blog Be Style.

Soube disso, e peço veementes desculpas à autora atravpe do comentário abaixo e do qual reproduzo uma parte esclarecedora.
 
"Muito obrigada por compartilhar, mas se puder corrigir esse informação, será muito útil. Ele foi indevidamente utilizado por outra pessoa, mas acredito que os bons textos e os pensadores corajosos precisam ser recompensados - para que continuem o seu trabalho. Essa publicação será comunicada à autora."

Releiam-no  e vejam quanta VERDADE e quanta BELEZA nele há!

‎"Engula o choro, presidente. Engula o choro ao falar da tragédia de Santa Maria. Engula o choro e todos os problemas desse país que nele estão escancarados. Engula que o medo do segurança de ser demitido neste país é maior do que sua consciência de deixar as pessoas saírem sem pagarem suas contas para não morrerem. Engula a soberba dos donos de empresa desta nação que não estão nada preocupados com pessoas como eu e até mesmo como a senhora porque estão focados demais em lucrar, e preferem fechar as portas como numa câmara de gás a ter prejuízos. Engula a pressão que todos os seus funcionários sentem todos os dias.

Engula que para arcar com seus altíssimos impostos, todos eles dão um jeitinho bem brasileiro de se desviar dos regulamentos e leis. Engula que os órgãos responsáveis por evitar que isso aconteça não funcionam. Engula que eles deixaram essa, entre tantas e tantas casas mais, funcionar sem licença. Engula que provavelmente alguém que também ganha pouquíssimo aceitou um suborno para que isso acontecesse. Engula que a senhora deu "é" sorte por ser apenas essa casa entre todos os tantos lugares que deveriam estar fechados, que caiu na boca da mídia. Engula a mídia que vai atacar com todo o sensacionalismo possível em cima das famílias que estão procurando celulares em cima de corpos para reconhecer seus filhos. Engula as operadoras que não funcionam e que provavelmente impediram uma série de vítimas a pedirem socorro.

Engula que o socorro que chega para se enfiar em lugares como este, pegando fogo, cheio de corpos de jovens para serem resgatados, recebe um salário vergonhoso, com descontos ainda mais vergonhosos, e ainda assim executam um trabalho triste e digno antes de voltarem para a casa e agradecerem por seus próprios estarem dormindo.

Não, presidente. Não chore ao falar da tragédia. Faça! Faça alguma coisa. E pare de nos dar como exemplos uma série de catástrofes para tomar medidas idiotas que não valerão de nada alguns meses depois. Não se emocione. Acione! Acione a todos os órgãos públicos, faça uma limpa em sua maldita corrupção e devolva à segurança pública, às instituições sérias, aos professores, aos bombeiros, aos enfermeiros, aos seguranças, aos jovens, o mínimo de dignidade. Não faça um discurso. Mude o percurso. Mude tudo porque estamos cansados de ver nossos iguais pegando fogo, morrendo afogados, morrendo nas filas, morrendo no crack, morrendo, morrendo, morrendo, e tendo como última imagem aquela tv aos fundos anunciando o fim de mais uma bilionária obra de estádio de futebol.

Não, presidente. Desculpe, mas na minha frente, a senhora não pode chorar. Não pode chorar sua culpa. Não pode chorar sua inércia. Não pode chorar no Chile mas também não pode chorar em Santa Maria. Porque isso é muito maior do que só um acidente. Isso é muito maior do que só sua comoção. Engula o seu choro, presidente. O seu, o dos jovens que perceberam que não teriam mais o que fazer que não morrer, e em especial, o de seus amigos e familiares, que em um país como esse, não têm outra opção que não chorar. Engula o choro, presidente."

DANNIE KARAM

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O janeiro em que o Brasil me perdeu



Este foi o mais lindo e comovedor dentre todos os artigos publicados em comovedora edição de Zero Hora, abordando a tragédia de Santa Maria. Foi publicado em 28 de janeiro de 2013.

"Eu hoje tenho 20 anos e quero me divertir. Meu pais estão dormindo em casa e amanhã haveria um churrasco. Eu tenho a vida pela frente e quero mudar o mundo. Mas também quero namorar, dançar, rir, andar a esmo com amigos nas lombas íngremes da minha cidade. Eu sou feito da bafagem úmida da Serra Geral, dos morros que circundam a Boca do Monte, do eco metálico dos trilhos de outrora, da lembrança ancestral da Gare onde meus avós trabalhavam. Ainda que eu não tenha nascido aqui, eu tenho o viço púbere do futuro. Eu posso ter vindo das barrancas de Uruguaiana, das campinas de São Borja, das grotas de Santiago do Boqueirão, das videiras de Jaguari, de São Pedro do Sul, São Sepé, São Gabriel, Dom Pedrito, de cima da serra, não importa. Santa Maria sou eu, cidade cadinho, generosa e aldeã, que nos pariu a todos em seu útero colossal.

Eu sinto o afago do vento norte, eu vejo anciãs tomando mate na janela e cadeiras nas calçadas da Vila Belga em uma tarde quente de janeiro. Eu tenho o lastro interiorano de minha cidade, mas também as narinas abertas, os ouvidos atentos, os sentidos despertos para o que enxergo na face jovem de uma urbe sempre aberta ao novo, cosmopolita e inquieta, convidando-me para a festa da vida. Por isso celebro, brindo, bailo. Tenho o frescor do campus em meus modos, a avidez universitária do saber. Recebo, faceiro e agradecido, convite do conhecimento, as portas do desconhecido a me cortejar. Como eu não quereria viver? Então entro numa boate e não tenho mais voz, não tenho mais planos, não tenho saída.

Rogo a todos os que andaram sobre os paralelepípedos da Rio Branco para me salvar. Quero correr e suplicar socorro a quem me possa acudir. A bênção, Carlos Scliar. A bênção, Raul Bopp. A bênção, velho Cezimbra Jacques, meu Prado Veppo, a bênção Felippe d’Oliveira. Iberê Camargo, tu que estudaste no Liceu de Artes e Ofícios, ali bem perto de onde a primeira faísca espocou, a bênção. Abênção, todos os artistas e poetas da Boca do Monte. Precisamos de vocês para explicar o sentido do inexplicável. Vocês, que tiveram tempo para luzir, expliquem-nos: por que temos de findar?

Como posso adormecer, se mal despertei para o mundo? Como posso abdicar, se não brinquei o suficiente, não amei o bastante, deixei incompleto o edifício da minha história? Eu não choro só por mim, e nem meu pranto cai sozinho. Minha cidade é hoje o Brasil em luto. Minha juventude perdida é o meu país, perplexo e tonto, impotente a velar meu corpo. Santa Maria, rogai por nós."

Marcelo Canellas

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Uma tragédia anunciada

 
 
Olá!

Depois que me dei conta de que, a cada ano que passa, mais me aproximo do fim de minha vida e, constatada essa verdade insofismável, decidi fazer tudo para ser feliz, para afastar de mim a tristeza, não guardar rancores, esquecer o que me deixou desconfortável. Prefiro ver e rever “Uma linda mulher” a assistir a novelas tipo Salve Jorge, pela descarada maldade de muitos de seus personagens. Para me resguardar (e nem sempre isso é possível), só vou a lugares que me dão prazer, seleciono o que leio em revistas, livros e jornais, sou induzida a tomar extremado cuidado com as palavras (já passei por muito desconforto por proferi-las sem freios). Fujo como doida de pessoas pessimistas e, se escuto, logo apago as palavras insensatas. Só não posso me eclipsar do que é óbvio, do sofrimento quando se escancara nas telas da televisão.

No último domingo, como um ímã irresistível, mesmo sofrendo muito, acompanhei todos os canais que tematizavam sobre a tragédia que se apossou de Santa Maria. Chorando, quase não via as cenas terríveis que se desenrolavam na TV, mesmo assim queria ver mais para me certificar de que nada daquilo poderia estar acontecendo. Não podia acreditar que, um lugar destinado a tornar as pessoas felizes, servira-lhes de túmulo.

Mais estarrecida ainda fiquei ontem quando, por morbidez inexplicável, deparei-me com as fotos que mostram os corpos amontoados nos banheiros. Cena terrível. Associei-a às imagens que vi, durante toda a minha vida, dos judeus nos campos de concentração, encurralados naqueles lugares horrendos pelos nazistas. Chorei de novo. Verti todas as lágrimas que imaginei ter chorado. Triste fim para moças e rapazes tão lindos. Pobres pais! Pobres mães! Tristes familiares!

A dor deles fez maior o meu pranto. O sofrimento deles tornou monstruosa a tragédia. O conhecimento dos três jovens (duas mocinhas de minha cidade e outro que aqui estudou) tornou em mim a dor mais palpável, mais contundente. Que essa catástrofe jamais seja esquecida! Que sejam sempre relembradas as falhas que a induziram e que se tomem as medidas preventivas para que nunca mais aconteça. Não podem ficar, pois, impunes, os causadores dessa desgraça. Não podemos deixar de exigir e cobrar a criação de leis mais rigorosas para que uma tragédia anunciada como essa não se repita.

Um abraço e todo o meu carinho aos pais e familiares dessas lindas crianças que se foram e das que sofrem em hospitais!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Entrevista de Emprego



- Seu nome?
- Silva.
- Escolaridade?
... - Terceiro ano completo!
- Vamos começar com perguntas simples, conhecimentos gerais, história,
geografia, ciências, personalidades.
- Quem foi Stalin?
- Um cara que cantava estalando os dedos.
- E Lênin?
- Tocava nos Beatles.
- O senhor não quer dizer Lennon?
- Esse fazia dupla com a Lilian.
- Ah... Leno!
- Não... Cantano. (rsrss)
- Vamos mudar de assunto. O que é equação?
- É a arte de montar uma égua.
- E equitação?
- É quando a gente paga todas a nossas dívidas.
- O que é um quelônio?
- É um tipo de mineral radioativo.
- Não seria plutônio?
- Não... esse é o nome completo do cachorro do Mickey.
- O que é fotossíntese?
- Denominação técnica para um retratinho 3 x 4.
- O que é um símio?
- Um cara que nasceu na Símia.
- Na Símia? E qual é a capital da Símia?
- Nessa tu me pegou: não me lembro agora.
- Quem era Pancho Vila?
- Companheiro de Dom Caixote.
- O que é um caudilho?
- Um osso que tem na ponta da coluna e segundo os cientistas, comprova que o homem tinha rabo e descende do macaco.
- Onde fica a vesícula?
- Debaixo da clavícula.
- Onde ficam os glúteos e para que servem?
- Ficam na garganta e servem para engolir.
- Onde fica o baço?
- Não é baço. É braço. São dois e ficam antes das mãos.
- Para que servem as fibras óticas?
- Para movimentar os olhos.
- Onde fica o Triângulo das Bermudas?
- Qualquer costureira sabe: entre o cós e o gavião.
- Quem descobriu a Lei da Gravidade?
- Um médico ginecologista francês, o Dr.Jeckyl.
- Putz! E quem foi Sócrates?
- Sócrates? Jogou na seleção. Tá vendo? Também conheço futebol; não é por ser curintiano que tenho que ser inguinorante!
Pois não é que o cara foi aprovado e admitido. ! ! !
Trabalhou um ano, perdeu o dedinho da mão esquerda
e aposentou-se por deficiência fisica.
Foi para o sindicato e, bem.....
O resto todo mundo já sabe ....


Não gostaram? Olhem a foto lá acima.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Uma questão de escolha

 
 
 


 
 
Queridos e queridas, BOM DIA!

Sempre que um novo ano nasce, sonho que renascerei também. Mal espocam os fogos de artifícios e os foguetes saudando uma NOVA AURORA, juro que visitarei todos os amigos, que assistirei a todos os famosos que debandarem para o Sul, que viajarei para os lugares dos sonhos, que farei os exercícios recomendados por meu médico. Concretizo muito pouco do prometido. Só não deixo de rir mais, abraçar mais, ser sempre gentil, saudar as pessoas que conheço ou nunca vi com o mais sonoro BOM DIA, como vais! Isso me aquece a alma e me faz sentir que ser feliz é uma questão simples de escolha.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cavalos



Desde pequena, adorava cavalgar. Montada no cavalo de estimação de meu pai, galopando em alta velocidade, com o vento fustigando-me o rosto, sentia-me como se estivesse voando. Só quem já experimentou essa ingênua emoção sabe que nada pode ser mais belo do que contemplar os movimentos do cavalo, do cavaleiro ou da amazona galopando num campo verdejante e pelas estradas campesinas.

Porque o cavalo é o animal selvagem mais dócil que existe, montá-lo é uma das melhores maneiras de sentir o que é liberdade.

Por gostar tanto desse animal,  selecionei belas fotos para postar aqui.



































terça-feira, 22 de janeiro de 2013

sábado, 5 de janeiro de 2013

Comercial do Banrisul: O que move você...



 Moisés Mendes, o interino de Paulo Sant'Ana, escreveu na crônica e hoje: "Os gaúchos ficarão mais inteligentes com a publicidade para TV feita para o Banrisul. Estou fazendo propaganda para o banco? Como se fosse preciso. Estou reconhecendo uma ousadia. Imagino o desgaste em torno de uma ideia provocativa. Quantas vezes a ideia foi e veio? quantas vezes foi bombardeada? A imagem que você viu mil vezes, é a do comercial " o QUE MOVE VOCÊ É O QUE MOVE A GENTE".

CONFIRAM ABAIXO.
 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Olha eu em ZERO HORA outra vez, gente!

Estou mais faceira do que pinto no milho. ZERO HORA publicou mais um artigo meu. O mesmo que postei abaixo: Abram alas para 2013.

Se tiveres um tempinho, querida amiga, adorável amigo, lê-o na página 17 de ZH de hoje, 2 de janeiro de 2013.

Entrei com o pé direito o ano novo. Que vienga el toro!