sábado, 31 de março de 2012

OPORTUNIDADE IMPERDÍVEL


Um desempregado mineiro comparece ao SINE para ver se havia algum emprego para ele.

Chegando lá, viu um cartaz escrito 'Precisa-se de assistente de ginecologista' .. Ele foi ao balcão e perguntou pelo trabalho.

-Pode me dar mais detalhes?

E o funcionário:

-Sim senhor. O trabalho consiste em aprontar as pacientes para o exame. Você deve ajudá-las a se despir, e cuidadosamente lavar suas partes genitais. Depois você faz a depilação dos pelos púbicos com creme de barbear e uma gilete novinha... Depois esfrega gentilmente óleo de amêndoas doces, de forma a que elas estejam prontas para o ginecologista. O salário mensal é de 4.500,00 com carteira assinada e demais benefícios, mas você deve ir até Uruguaiana.

-Nossa, são 700km de Porto Alegre e eu moro aqui! É lá o emprego?

-Não, é lá que tá o fim da fila.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Estou escrevendo o meu primeiro livro



Incentivada por meu marido, pelos filhos e leitores de Zero Hora, que vem publicando, quase que mensalmente artigos por mim escritos, dei a “arrancada” para a criação de um livro. Nele, colocarei contos com finais imprevisíveis. O leitor só descobre o “the end”, se começar a leitura pelo fim. Já escrevi 14 contos. Pretendo, ao ter prontos 30 belíssimos textos, selecionar os melhores.

Espero que vocês, amigos e amigas visitantes, comprem o meu “primeiro filho”. Ops” LIVRO.

A DESPEDIDA DO PADRE



O Padre, no jantar de despedida pelos 25 anos de trabalho ininterrupto à frente de uma paróquia discursa:

- A primeira impressão que tive da paróquia, foi com a primeira confissão que ouvi. A pessoa confessou ter roubado um aparelho de TV, dinheiro dos seus pais, a empresa onde trabalhava, além de ter aventuras amorosas com a esposa do chefe. Também se dedicava ao tráfico de drogas e havia transmitido uma doença venérea à própria irmã. Fiquei assustadíssimo. Com o passar do tempo, entretanto, as coisas mudaram e a paróquia ficou cheia de gente responsável, com valores, comprometida com sua fé, e desta maneira, tenho vivido os 25 anos mais maravilhosos do meu sacerdócio.

Neste momento, chega o prefeito, louco de atrasado para entregar o presente da comunidade, prestando a homenagem ao padre. Ele pede desculpas pelo atraso e começa o discurso:

- Nunca vou esquecer do dia em que o padre chegou à nossa paróquia. Como poderia? Tive a honra de ser o primeiro a me confessar.

Silêncio total...

MORAL DA HISTÓRIA: Nunca se atrase!!!


Recebi essa piada sagaz da minha encantadora amiga Ilza Madruga. Adorei!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Só é feia quem quer...




Meninas, é pelas fotos a seguir que jamais saio à rua sem estar muito bem produzida. Sem maquiagem, não existe deusa, ainda mais se é fruto de muita produção e photoshop. Olhem as fotos de Juliana Paes e me digam se não vale a pena se cuidar. Como figura pública, deve zelar pela imagem. Os paparazzis, sempre de plantão, são inclementes!





Essa menina é muito corajosa. A espontaneidade dela em se mostrar como realmente é, reveste-se de um ato de extremada coragem. Serve de consolo para a maioria das mulhers. Só é feia quem quer. Uma boa "tinta" pode transformr uma dona de casa em diva de televisão e cinema. E vice-versa, é claro!

Se querem assim...

Queijo macio por mais tempo

Para que o queijo de colônia fique macio por mais tempo, ou seja, não endureça, basta enrolá-lo em um pano embebido em vinagre.

É batata! Ao cortá-lo parece fresquinho, fresquinho...

terça-feira, 27 de março de 2012

A propaganda é alma do negócio



"Essa propaganda deixa claro que o Brasil está crescendo muito e mostrando o seu potencial para o mundo. Assim como mostra a revista mais importante de economia do planeta, a "The Economist", o Brasil está decolando e está próximo de uma das maiores economias mundiais. Realmente, em vários sentidos, o Gigante não está mais adormecido."

Quem continua adormecido somos nós, o povo brasileiro, menos o Eike Batista

Quando nos dermos conta, já somos "colonizados" por eles e a turma...

Acredita quem quiser.
Minha filha e minha irmã foram ao show de Maria Rita, Viva Elis, no Anfiteatro Pôr do Sol, em Porto Alegre. ADORARAM!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Não me deixem falar...


               

Não me deixem falar de sonhos, porque a vida me consome e me mantém de olhos bem apertados. Não me deixem falar das flores, porque a chuva, irresponsável, tomada de extremada violência, varreu os canteiros da praça. Não me deixem falar do vento, porque, lá fora, só a brisa, fraquinha, sem traquejo, meio sem jeito, deu uma assopradinha, bem micha, na cara da tarde. Não me deixem falar de vozes, porque, surda aos lamentos, a quietude do dia tapou os ouvidos para não ouvir os sons  irritantes das marteladas no telhado mais novo. Não me deixem falar da aurora, porque o sol, inclemente, sugou o limo da terra, bebeu a água dos rios e fugiu para longe, para, cheio de graça, ir se deitar nos doces encantos do arco-íris.

Não me deixem falar das crianças, porque os adultos serraram as chaves das casas, encerraram-nas em redomas de seus queres e as aprisionaram na lábia das promessas de vida. Ah! Não me deixem falar da noite, porque as estrelas se esconderam no ponto mais negro do céu e a disfarçaram de fada e madrinha. Não me deixem falar das maldades, porque as guerras, espalhadas por toda a parte, exauriram os combatentes e os generais, banhando os continentes com seu sangue e estratégias. Não me deixem falar da dor, porque se acomodou nos leitos dos hospitais, abafou o choro dos desesperados e prometeu a eles um pouco da seiva da vida.

Deixem-me falar do amor, das amizades, dos abraços mais apertados, das carícias despudoradas e das eternas promessas de felicidade. Deixem-me falar da esperança, porque o verde que irradia nas faces bem pálidas, o brilho que empresta aos olhos, o calor que aquece o amanhã, ronda a porta dos lares. Deixem-me falar da espera e da partida, porque nisso sou mestra e aluna, torcedora e torcida, inquietação e paciência e as cultivo com dedicação e carinho porque, um dia, encontrar-me-ei com a chegada.

Porto Alegre faz ANIVERSÁRIO (Reeditado)

Como poderia deixar de homenagear uma cidade em que vive uma pessoa que amo tanto, a minha irmã mais querida e onde já residiu um cunhado que mora longe e o qual adoro também!?


sábado, 24 de março de 2012

Chico Anysio não morreu, virou estrela



Adeus, Chico Anysio! Hoje, o riso, que sempre ri contigo, com tuas inesquecíveis personagens, transformou-se em lágrimas sinceras, que se derramam sobre mim como pérolas das mais puras por lamentar a tua partida.






Reflexão de sábado


"Os homens de hoje são melhores pais porque elas, as mulheres, são piores mães." (David Coimbra)

 Ficaram faceiros, meus amigos homens?
David explica:

"Mas isso não vilaniza as mulheres, de jeito nenhum. As mulheres de hoje são assim t
ambém devido à infalível lei de compensações da Natureza. As mulheres tiveram de “sair de casa” para trabalhar. Não foi uma opção delas, não foi uma luta delas. Não. Foi uma exigência da realidade capitalista. O mercado precisava das mulheres trabalhando e consumindo, e o mercado sempre alcança o que precisa.”

Psiu! Se quiserem ler mais, o texto completo está na página 2 de Zero Hora de ontem, dia 23 de março. Título? Novas mães, novos pais.

A raiva constrói

DANUZA LEÃO

A depressão nos leva para a cama e tira a vontade das coisas mais banais, como tomar banho, comer, ler.

QUANDO alguém nos magoa e nos faz sofrer, o que acontece? Ou se sofre, o que em grande parte das vezes termina em depressão, ou se fica com muita raiva, o que é bem melhor. Mas a raiva -foi o que nos ensinaram- é um sentimento feio, baixo, que pessoas superiores não devem ter. Mas vamos discordar: uma boa raiva com motivos é saudável, e faz muito bem à pele, ao coração e à alma, além de evitar o infarto. E quem está querendo ser superior?

Conseguir ter raiva é excelente para a saúde física e mental; a depressão nos leva para a cama e tira a vontade das coisas mais banais, como tomar banho, passar uma escova no cabelo, comer, ler, quem não sabe? Já a raiva faz com que se façam coisas, mesmo que sejam coisas erradas. Na depressão você não se levanta nem para ir a um cabeleireiro; já na hora da raiva você pinta o cabelo de vermelho, o que é muito melhor do que ficar prostrada olhando para o teto.

Exemplos são sempre ótimos: se uma mulher é abandonada por um homem, entre a tristeza e o ódio, o que é melhor? O ódio, claro. Por raiva e ódio as pessoas querem e devem mostrar que não é qualquer coisa que as derrubam.

A primeira providência de uma mulher (saudável) com raiva é pensar: "Como é que vou me vingar?"

Em primeiro lugar, mostrando que não está sofrendo. Para isso é preciso estar na sua melhor forma, razão mais do que suficiente para perder aqueles três quilinhos, comprar um vestido novo, pegar um sol, aposentar definitivamente o uniforme tênis e jeans e voltar a usar um bom salto alto. Parece bobagem? Pois não é. Dificilmente você vai ver uma mulher se equilibrando num salto oito com depressão. De salto, automaticamente se encolhe a barriga, se levanta o queixo, e os ombros ficam na posição certa, como se desafiasse o mundo. Se cruzar com ele, não é melhor estar maravilhosa do que arrasada?

Uma coisa leva a outra: por sentimentos nobres como o amor próprio, o orgulho, a vaidade e a raiva, não se deixa a peteca cair -em público, pelo menos-, e com isso vem o hábito de não deixar a peteca cair nunca, a não ser no divã do analista.

Pense um pouco: se você é normal, deve ter raiva de alguém. O que deve fazer para irritar esses alguéns? Ficar linda, maravilhosa, ter sucesso, ser vista sorrindo, vibrando, enfim, ser feliz.

Digamos que você seja uma desenhista de moda e que esteja sem a menor inspiração. Faz o quê? Pensa numa pessoa que detesta e imagina a glória de fazer um trabalho elogiado, que faça com que você se torne a melhor de todas. Só de pensar nesse delicioso prazer, é capaz de baixar em você o espírito de Balenciaga e o trabalho fluir fácil, só de raiva.

Quando for ao jornaleiro da esquina, pense que pode se encontrar com ele -aquele que fez você sofrer tanto-, e é claro que vai se realçar antes de descer. Se acontecer, não vai ser ma-ra-vi-lho-so ele ver como você está muito mais linda agora, sem ele? Deve estar sendo muito bem tratada, ele vai pensar. E pode ser ainda melhor: encontrar na esquina outro que te faça feliz para sempre por uns tempos -ou não?

Por isso, querida, quando vier aquela raiva cega, aquela vontade de gritar, de xingar, de matar, transforme toda essa energia a seu favor. Assim como o amor constrói para a eternidade, a raiva pode construir a prazo bem mais curto -e de superior e inferior, afinal, todos nós temos um pouco.

Uma delícia, ter uma boa raiva; e sobretudo, muito construtivo.

sexta-feira, 23 de março de 2012



Joãozinho não só cresceu como se tornou um rapaz muito educado!!!

Na aula de Relações Humanas, a professora perguntou aos alunos:

- Alfredo, se você estivesse jantando com uma mulher, e daí você sentisse vontade de fazer xixi, como diria?

- Eu diria "espera um segundo, vou urinar".

- Que horror, Alfredo! Isso seria grosseiro e de má educação! Vamos ver.... Marcelo e você, o que diria?

- Eu diria "desculpa, tenho de ir ao banheiro, mas volto já" Está bem melhor, mas é um tanto desagradável mencionar a palavra "banheiro" quando se está jantando! E você Joãozinho? O que diria?

- Eu diria "querida, peço que me desculpe... tenho de ausentar-me um momento.Vou dar um aperto de mão a um amigo íntimo, que espero poder apresentar a você depois do jantar."

A Felicidade possível



Só quem está disposto a perder tem o direito de ganhar. Só o maduro é capaz da renúncia. E só quem renuncia aceita provar o gosto da verdade, seja ela qual for.

O que está sempre por trás dos nossos dramas, desencontros e trambolhões existenciais é a representação simbólica ou alegórica do impulso do ser humano para o amadurecimento.

A forma de amadurecer é viver. Viver é seguir impulsos até perceber, sentir, saber ou intuir a tendência de equilíbrio que está na raiz deles (impulsos). A pessoa é impelida para a aventura ou peripécia, como forma de se machucar para aprender, de cair para saber levantar-se e aprender a andar. É um determinismo biológico: para amadurecer há que viver (sofrer) as machucadelas da aventura e da peripécia existencial.

A solução de toda situação de impasse só se dá quando uma das partes aceita perder ou aceita renunciar (e perder ou renunciar não é igual, mas é muito parecido; é da mesma natureza). Sem haver quem aceite perder ou renunciar, jamais haverá o encontro com a verdade de cada relação. E muitas vezes a verdade de cada relação pode estar na impossibilidade, por mais atração que exista. Como pode estar na possibilidade conflitiva, o que é sempre difícil de aceitar.

Só a renúncia no tempo certo devolve as pessoas a elas mesmas e só assim elas amadurecem e se preparam para os verdadeiros encontros do amor, da vida e da morte. Só quem está disposto a perder consegue as vitórias legítimas.

Amadurecer acaba por se relacionar com a renúncia, não no sentido restrito da palavra (renúncia como abandono), porém no lato (renúncia da onipotência e das formas possessivas do viver).

Viver é renunciar porque viver é optar e optar é renunciar.

Renunciar à onipotência e às hipóteses de felicidade completa, plenitude etc é tudo o que se aprende na vida, mas até se descobrir que a vida se constrói aos poucos, sobre os erros, sobre as renúncias, trocando o sonho e as ilusões pela construção do possível e do necessário, o ser humano muito erra e se embaraça, esbarra, agride, é agredido.

Eis a felicidade possível: compreender que construir a vida é renunciar a pedaços da felicidade para não renunciar ao sonho da felicidade.
Artur da Távola

quinta-feira, 22 de março de 2012

Um milhão e duzentas mil visitas não é motivo para festejar?

Gosto de gente feliz...

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Gosto de gente que encontra a felicidade quando ouve um bom-dia, um feliz aniversário, até um feliz dia das bruxas, porque, lá no fundo, todos somos um pouquinho bruxas. Gosto de gente que ri por nada, meio boba, porque, na verdade, de bobos temos muito. Não fomos nós que acreditamos no amigo que nos afirmou que “eu volto amanhã” e o esperamos até hoje?

Quem não acreditou, piamente, em que o seu time venceria e, no entanto, ganhou foi uma dilatada goleada. Quantas pessoas ouviram o “já vai passar” e a dor se tornou insuportável, e do céu, jorravam trovões, relâmpagos e muita água, e aquele enfático “vou ganhar na Mega Sena sozinho" e, sozinho, sem eira nem beira, continua até hoje.

Gosto de gente que encontra justificativas para os erros seus e dos outros, articula um “foi sem querer” e sorri feliz, sabendo que será perdoada. Gente que cai e se levanta, que fere e é ferida, mas que sabe sempre perdoar. Gente que professa o “quem nunca errou que atire a primeira pedra” sabe ser feliz. Procura ser feliz. Insistentemente, é feliz.

É de gente assim que eu gosto. Gente que abraça a vida,  se empenha em guerras com o vento e vence os seus fantasmas interiores. É gente assim que procuro ser. É de amigos assim que não desanimo da busca. E, sem motivos aparentes, varro a tristeza, expulso as dores, retomo o sorriso, porque, no dia que nasce, na noite que morre, sei que haverá sempre novos alvoreceres e indescritíveis pores do sol.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Se eu escrevesse um livro

Vocês o comprariam?

GRANDES VERDADES



-No Havaí, todas as sandálias são havaianas.

-A primeira missa do Brasil foi o maior programa de índio.

-Mulher grávida reclama de barriga cheia.

-Os filósofos têm um problema para cada solução.

-Lixo - coisas que jogamos fora. Coisas - lixo que guardamos.

-As fitas são virgens porque o gravador é estéreo.

-Herói é o covarde que não teve tempo de fugir.

-Pinte os cabelos de preto para encontros amorosos, e de branco para encontros de negócio.

-Relógio que atrasa não adianta.

-Nasci careca, pelado e sem dente. O que vier é lucro.

-Um chato nunca perde o seu tempo. Perde o dos outros.

-Não brinque com fogo, ele não sabe brincar.

-Uma celebridade é alguém que trabalha duro muito tempo para se tornar conhecida, e depois passa a usar óculos escuros para não ser reconhecida.

-Você está velho quando achar que antigamente era melhor.

-Canela: dispositivo para achar móveis no escuro.

-Amigo é alguém que tem os mesmos inimigos que você.

-A fé move montanhas. Os ecologistas são contra.

-Ser canhoto é muito fácil, difícil é ser direito.

-Quando não restar mais nenhuma opção, leia o manual.

-Evite acidentes. Faça de propósito.

-Quando era menor pensava que dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje tenho certeza.

-Você sabe que está ficando velho quando as velas custam mais caro que bolo.

-A primeira amnésia a gente nunca esquece.

-A vantagem de ter péssima memória, é divertir-se muitas vezes com a mesma coisa boa como se fosse a primeira vez.

-Não existem ateus numa pane de avião.

-No avião o medo é sempre passageiro.

terça-feira, 20 de março de 2012

Estamos quase chegando a UM MILHÃO de VISITAS. OBA!

A loba que come lobos...



Por Maria Cristina Fernandes*

Sabatinada para o Superior Tribunal de Justiça, na condição de primeira mulher a ascender à cúpula da magistratura, a então desembargadora da justiça baiana, Eliana Calmon, foi indagada se teria padrinhos políticos. "Se não tivesse não estaria aqui". Quiseram saber quem eram seus padrinhos. A futura ministra do STJ respondeu na lata:

"Edison Lobão, Jader Barbalho e Antonio Carlos Magalhães".

Corria o ano de 1999. Os senadores eram os pilares da aliança que havia reeleito o governo Fernando Henrique Cardoso. A futura ministra contou ao repórter Rodrigo Haidar as reações: "Meu irmão disse que pulou da cadeira e nem teve coragem de assistir ao restante da sabatina. Houve quem dissesse que passei um atestado de imbecilidade".

Estava ali a sina da ministra que, doze anos depois, enfrentaria o corporativismo da magistratura. "Naquele momento, declarei totalmente minha independência. Eles não poderiam me pedir nada porque eu não poderia atuar em nenhum processo nos quais eles estivessem. Então, paguei a dívida e assumi o cargo sem pecado original."

Eliana Calmon nunca escondeu seus padrinhos

De lá pra cá, Eliana Calmon tem sido de uma franqueza desconcertante sobre os males do Brasil.

Num tempo em que muito se fala da judicialização da política, Eliana não perde tempo em discutir a politização do judiciário.

É claro que a justiça é política.

A questão, levantada pela ministra em seu discurso de posse no CNJ, é saber se está a serviço da cidadania.

A "rebelde que fala", como se denominou numa entrevista, chegou à conclusão de que a melhor maneira de evitar o loteamento de sua toga seria colocando a boca no trombone.

Aos 65 anos, 32 de magistratura, Eliana Calmon já falou sobre quase tudo.

- Filhos de ministros que advogam nos tribunais superiores: "Dizem que têm trânsito na Corte e exibem isso a seus clientes. Não há lei que resolva isso. É falta de caráter" (Veja, 28/09/2010).

- Corrupção na magistratura: "Começa embaixo. Não é incomum um desembargador corrupto usar um juiz de primeira instância como escudo para suas ações. Ele telefona para o juiz e lhe pede uma liminar, um habeas-corpus ou uma sentença. Os que se sujeitam são candidatos naturais a futuras promoções". (Idem)

- Morosidade: "Um órgão esfacelado do ponto de vista administrativo, de funcionalidade e eficiência é campo fértil à corrupção. Começa-se a vender facilidades em função das dificuldades. E quem não tem um amigo para fazer um bilhetinho para um juiz?" (O Estado de S. Paulo, 30/09/2010).

Era, portanto, previsível que não enfrentasse calada a reação do Supremo Tribunal Federal à sua dedicação em tempo integral a desencavar o rabo preso da magistratura.

Primeiro mostrou que não devia satisfações aos padrinhos. Recrutou no primeiro escalão da política maranhense alguns dos 40 indiciados da Operação Navalha; determinou o afastamento de um desembargador paraense; e fechou um instituto que, por mais de 20 anos, administrou as finanças da justiça baiana.

No embate mais recente, a ministra foi acusada pelo presidente da Corte, Cezar Peluso, de desacreditar a justiça por ter dito à Associação Paulista de Jornais que havia bandidos escondidos atrás da toga.

Na réplica, Eliana Calmon disse que, na verdade, tentava proteger a instituição de uma minoria de bandidos.

Ao postergar o julgamento da ação dos magistrados contra o CNJ, o Supremo pareceu ter-se dado conta de que a ministra, por mais encurralada que esteja por seus pares, não é minoritária na opinião pública.

A última edição da pesquisa nacional que a Fundação Getúlio Vargas divulga periodicamente sobre a confiança na Justiça tira a ministra do isolamento a que Peluso tentou confiná-la com a nota, assinada por 12 dos 15 integrantes do CNJ, que condenou suas declarações.

Na lista das instituições em que a população diz, espontaneamente, mais confiar, o Judiciário está em penúltimo lugar [...]. Entre aqueles

A mesma pesquisa indica que

- os entrevistados duvidam da honestidade do Judiciário (64%),

- o consideram parcial (59%) e

- incompetente (53%).

O que mais surpreende no índice de confiança da FGV é que o Judiciário tenha ficado abaixo do Congresso, cujo descrédito tem tido a decisiva participação da Corte Suprema - tanto por assumir a função de legislar temas em que julga haver omissão parlamentar, quanto no julgamento de ações de condenação moral do Congresso, como a Lei da Ficha Limpa.

A base governista está tão desconectada do que importa que foi preciso um senador de partido de fogo morto, (partido de fogo morto ou partido de opo$i$$ão?.), Demóstenes Torres (DEM-TO), para propor uma Emenda Constitucional que regulamenta os poderes do CNJ e o coloca a salvo do corporativismo dos togados de plantão.

"Só deputado e senador têm que ter ficha limpa?", indagou o senador.

Ao contrário do Judiciário, os ficha suja do Congresso precisam renovar seus salvo-conduto junto ao eleitorado a cada quatro anos.

O embate Peluso-Calmon reedita no Judiciário o embate que tem marcado a modernização das instituições.

Peluso tenta proteger as corregedorias regionais do poder do CNJ.

Nem sempre o que é federal é mais moderno. O voto, universal e em todas as instâncias, está aí para contrabalancear.

Mas no Judiciário, o contrapeso é o corporativismo. E em nada ajuda ao equilíbrio.

Em seis anos de existência, o CNJ já puniu 49 magistrados.

A gestão Eliana Calmon acelerou os processos. Vinte casos aguardam julgamento este mês.

Aliomar Baleeiro, jurista baiano que a ministra gosta de citar, dizia que a Justiça não tem jeito porque "lobo não come lobo".

A loba que apareceu no pedaço viu que dificilmente daria conta da matilha sozinha, aí decidiu uivar alto.

*Maria Cristina Fernandes é editora de Política. Escreve às sextas-feiras

P.S.: Entenderam, queridos e queridas, por que a corrupção se alastra célere por este Brasil sem lei?

segunda-feira, 19 de março de 2012

Medindo as riquezas do ser humano




Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço. Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro.
Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.
Mas eu não sou mencionado na revista.

E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não? vou mostrar a vocês:

Eu tenho vida, que eu recebi não sei por quê, e saúde, que conservo não sei como.

Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a minha; filhos maravilhosos, dos quais só recebi felicidades; e netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.

Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.

Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos meus defeitos.

Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles leem o que eu mal escrevo.

Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).

Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.

Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.

Eu tenho olhos que veem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.

Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.

E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.

Pode haver riquezas maiores do que a minha?

Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta?

E você, como se considera? Rico ou pobre?

Há pessoas pobres, mas tão pobres, que a única coisa que possuem é... DINHEIRO.

Armando Fuentes Aguirre (Catón)

sábado, 17 de março de 2012

Um domingo bem florido para vocês

















Leitura faz pensar



Um casal sai de férias para um hotel-fazenda.




O homem gosta de pescar e a mulher gosta de ler.
Uma manhã, o marido volta de horas pescando e resolve tirar uma soneca.

Apesar de não conhecer bem o lago, a mulher decide pegar o barco do marido e ler no lago.

Ela navega um pouco, ancora e continua lendo seu livro.
Chega um guardião do parque em seu barco, para ao lado da mulher e fala:

- Bom dia, madame. O que está fazendo?

- Lendo um livro - responde, pensando: será que não é óbvio?

- A senhora está em uma área restrita em que a pesca é proibida, informa.

- Sinto muito, tenente, mas
não estou pescando, estou lendo.

- Sim, mas com todo o equipamento de pesca. Pelo que sei, a senhora pode começar a qualquer momento.
Se não sair daí imediatamente, terei de multá-la e processá-la.

- Se o senhor fizer isso, terei que acusá-lo de assédio sexual.

- Mas eu nem sequer a toquei! - diz o guardião.

- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode começar a qualquer momento.

- Tenha um bom dia, madame - diz ele, e vai embora.



Moral da história: Nunca discuta com uma mulher que lê. Ela pensa!
Esta piada-mensagem recebi da professora Silvania Colaço, grande e dedicada mestra.