segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Grêmio de alma lavada




Não assisti ao jogo entre Grêmio e Flamengo porque fora à uma festa, mas, ao saber do resultado (4X2 contra o Ronaldinho) dei pulos quilométricos de alegria. Nada como um dia depois da humilhação...

JARDIM JAPONÊS - Mi Buenos Aires querido 9


Situado no centro de Buenos Aires, o Jardim Japonês é um projeto, como o próprio nome indica, que segue o mais puro estilo japonês. Esse jardim foi um presente da comunidade japonesa à cidade de Buenos Aires. O jardim foi fundado em 15 de maio de 1967, em comemoração da visita do então príncipe herdeiro Akihito e da princesa Michiko à Argentina. A Fundação Cultural Argentina-Japonesa é a entidade responsável pela administração do jardim..

Conta com um grande lago central cercado de jardins, várias pontes, um ancoradouro, uma cachoeira, um campanário, o Patio de las Magnolias e o Vivero Kadan, com bonsais e peixes koi.

Além disso, esse jardim também é a sede da Fundación Cultural Argentino Japonesa, onde se realizam várias atividades relacionadas com a cultura milenar do Japão. Lá o visitante poderá aprender a preparar sushi ou praticar exercícios de meditação.

No grande lago do Jardim encontramos muitas carpas grandes! Bastava nos aproximarmos um pouco das margens do lago e elas já vinham à tona procurando alguma comida. Nesse local, que mais parece um templo de adoração à natureza, somos induzidos a meditar, a curtir a beleza que emana das árvores, das águas, das pedras e da vida que se renova em cada recanto dele.

A Marianna, a minha netinha de apenas dois anos, curtiu o espaço tanto ou mais que nós os adultos.

Confiram se não é uma luvação à natureza?















domingo, 30 de outubro de 2011

Desabafo



Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.


A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.

O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.

- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, de refrigerante e cerveja eram devolvidas à loja. E ela mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.

Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisávamos ir a dois quarteirões. Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Naquela época só tínhamos uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado.

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que faziam tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam à eletricidade.

Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima. A refeição era na mesa, com a família reunida (você sabe o que é isso) após uma oração de agradecimento.

Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

sábado, 29 de outubro de 2011

Como ser competente




No nível pessoal das aspirações, dos desejos e dos sonhos, transforme cada dia como se fosse o dia mais importante da vida de cada um - nessa dádiva chamada presente, o famoso aqui e agora. O dia de hoje.

Transforme desejos e sonhos em objetivos claramente definidos. Determine onde você quer chegar, partindo de seus recursos atuais, considerando quais as competências que precisam ser reforçadas ou adquiridas, quais esforços e recursos devem ser mobilizados para suprir suas carências; que limitações, condicionamentos e hábitos improdutivos precisam ser vencidos no nível intrapessoal, interpessoal e profissional.

Considere-se responsável pelas suas escolhas e pelas consequências decorrentes de seus atos e omissões. Ao analisar o resultado diferente do que objetivou, não culpe as pessoas, nem o governo, nem as circunstâncias e nem a você mesmo. Analise o que foi realizado, como foi feito ou o que você deixou de fazer e que contribui para que seus objetivos não fossem atingidos. Aprenda o que não conduz ao espoco definido e não o repita.

Ouve-se e se lê muito que precisamos ter humildade para reconhecer nossos erros. Isso, por si, é uma imensa arrogância e um enorme esquecimento de que a única característica comum dos seres humanos, que se autonomearam de racionais, é a falibilidade. Não errar é ser Divino. O homem é um ser em construção, talvez uma obra infinita, decorrente de uma constante na vida de todos nós: a mudança.

O quê e o como percebemos é função da qualidade do nosso diálogo interior. Daí a relevância de termos um diálogo interior produtivo, isto é, alinhado com os nossos objetivos, que nos leve a estabelecer relações ganha-ganha. Para iniciar bem o seu ano, comece revisando seus hábitos improdutivos que são as verdadeiras barreiras que o impedem de agir de forma produtiva. Não tem saída ou atalho, pois tudo começa com você. Enterre o seu “não consigo”, realizando todo o esforço necessário, tendo paciência, disciplina e humildade para procurar ajuda. Não acuse, julgue ou condene alguém pelas suas falhas. Lembre-se: todos somos falíveis. Assuma a responsabilidade por seus atos e omissões.

Estabeleça objetivos de acordo com sua disposição de trabalhar, diuturnamente, no sentido de transformar seus sonhos e desejos em objetivos realizados. Para isso, saiba o que você quer, defina todas as ações necessárias com data limite para cada uma das etapas. Divulgue e sempre visualize seus objetivos, pois isso ajuda a reforçar a determinação. Constantemente, ao deitar-se para dormir, revise seu dia para verificar se suas ações estiveram alinhadas aos seus objetivos.

Aprenda a usar produtivamente seu tempo. Tempo e saúde não são objetivos, são condições fundamentais. Tempo é vida! Tempo é condição indispensável para que você realize qualquer atividade. Não desqualifique os feedbacks recebidos - das pessoas e dos resultados que você conquista na sua vida, já que estes são poderosos referenciais para se cotejar o que achamos que somos, com aquilo que efetivamente temos realizado.

Desenvolva a habilidade de oferecer feedback e esteja disposto a alterar seu diálogo interior improdutivo, por um produtivo para você e para todos com quem se relaciona. Será uma guerra de várias batalhas, mas os resultados compensarão todos os esforços. Prepare-se para vencer as etapas mais freqüentes no processo de alteração de hábito, de atitude ou de comportamento improdutivo. Primeiro vença a não percepção do hábito, da atitude ou do comportamento improdutivo, estimulando o oferecimento de feedback e treinando sua prontidão perceptiva para cotejar os resultados obtidos com sua autopercepção.

É frequente passar-se para a etapa da negação do problema, quando alguém nos faz o favor de nos oferecer feedback específico. A seguir, reconhece-se o problema, mas logo encontramos alguém ou circunstância para jogar a culpa. É doloroso reconhecer nossa característica humana de falibilidade, pois nossa cultura estimula mais a vergonha ou o sentimento de culpa do que a serena aceitação do inexorável fato de sermos falíveis. A escolha em ser produtivo e ter mais momentos felizes é sua. Reconheça suas forças e fraquezas, mas se concentre em suas forças e nas das pessoas de seu relacionamento. Desejo-lhes todo êxito no fascinante processo de crescimento como pessoa e como profissional.

(Jansen de Queiroz Ferreira)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Saber amar e saber perdoar



Com o tempo esvaindo pelas janelas de minha vida, sem condições de fazer uma nova postagem, reedito esta que aborda temas tão polêmicos como o amor mal-resolvido, os ressentimentos e o perdão. Não sei quem o escreveu, mas é bonito... é bonito...é bonito...!

"Por vezes existe como que uma mágoa secreta que nos persegue e que vai espalhando as suas raízes na nossa profundidade interior, perturbando-nos e retirando-nos a serenidade, devido a algum ressentimento guardado, alguma ofensa «engolida», alguma perda sofrida que não fomos capazes de superar.

Muitas vezes, as nossas ansiedades transformam-se em medos ou fobias, em preocupações ou frustrações, em traumas e inseguranças, geradoras de mal-estar, que desequilibram emocional e afetivamente. Por isso, sentimo-nos desgastados, vulneráveis, fragilizados… sem energia e, por vezes, até mesmo escravizados, com raiva de termos nos deixado usar por alguém que não merece ou mereceu o nosso afeto.

Só na medida em que formos capazes de amar a realidade que nos feriu, através de um vivo sentimento de perdão, seremos capazes de voltar ao estado de paz original, que saudosamente recordamos, em vez de remoermos o que nos aconteceu, o que só leva à mágoa e afasta-nos, definitivamente, da possibilidade de atingirmos a felicidade duramente perseguida.

O perdão é libertador e tem um poder terapêutico enorme, capaz de fazer experimentar o gosto da alegria de nos sentirmos libertos, autônomos, autênticos, assertivos e, por isso, felizes. Não podemos permitir que os nossos males passados nos continuem a deixar prostrados e nos roubem o entusiasmo pela vida, tornando-nos pessoas azedas e frias, quando temos uma vida toda para nos fazer apaixonar e nos permitir continuar apaixonados.

Devemos apaixonar-nos por cada instante do quotidiano, pelo brilho do sol, ou pelas ondas do mar, pelo encanto das manhãs radiosas, ou pelo mais belo pôr do sol… pelo sorriso ou pelo toque que partilhamos, pela palavra que escutamos ou dizemos, pelo abraço que nos fez e que nos faz sentir bem, pela ternura que sentimos e fazemos sentir…

A vida tem que ser acolhida, recebida, criada e recriada em cada instante, de forma a torná-la mais completa e saudável, cultivando a sua aceitação, através de uma aprendizagem feita de avanços e de recuos, valorizando sempre o aqui e o agora. A aceitação dos fatos inevitáveis não nos faz gastar energias inutilmente e permite-nos agradecer o que a vida dá, tornando-a mais fluida e positiva, olhando e valorizando o que temos e não desejando o que é dos outros.

O perdão libertador, nascido num coração que sabe amar verdadeiramente, é tanto mais fácil e autêntico, quanto maior a capacidade de amar e mantém aberta a porta por estar dando graças de poder se reconstruir, liberto e libertador, pronto para amar de novo e outra vez, tantas outras...

Essa gratidão pelo dom da vida e pela capacidade de perdoar, abre-nos as portas ao princípio da partilha dos nossos talentos, postos para render em nosso serviço e ao serviço dos outros. Portanto, saber perdoar é um privilégio dos sensíveis, dos que se amam e dos que, na juventude ou em algum lugar oculto no passado, feriram ou foram feridos, mas que souberam transformar o sofrimento em grandeza moral.

Em consequência disso, também se transformaram em seres superiores que, sabiamente, retiraram do desamor (que poderia danificar as suas vidas) energias para esquecerem e impuseram-se fortes no amor vivente para, através dele, enterrarem ingratidões.”

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Mi Buenos Aires querido 8


Recoleta é o bairro mais nobre de Buenos Ares. A origem de seu nome deriva do Convento dos Padres Recoletos, os membros da ordem franciscana que se instalaram na área no início do século XVIII, quando foi fundado um convento e uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Pilar e cemitério anexado a ele.

O centro histórico do bairro era a igreja paroquial do Pilar, cuja construção foi concluída em
1732, por essa razão, algumas vezes o distrito foi chamado de El Pilar.

Recoleta é muito atraente, seja por seus cafés, bares, feira de artesanato ou até mesmo pela noite, dedicada ao público jovem. Imitando Paris, possui grandes áreas verdes e fachadas em estilo francês.

Apesar de ter perdido um pouco no setor de diversão para Porto Madero, o charmoso bairro ainda concentra algumas construções de época e uma das ruas mais caras do comércio portenho.

A feira de antiguidades, localizada na praça da Recoleta, é ponto de parada obrigatória.

E, mesmo que possa parecer mórbido, entrar no cemitério da Recoleta é uma atração, no mínimo, pitoresca. Lá estão enterradas as principais figuras da história argentina, entre elas, a talvez mais famosa, Eva Perón. Lá, estão personalidades enterradas de 1862 a 1930.

O passeio da Recoleta é obrigatório. Alem de ser o centro geográfico do bairro, é um dos seus pontos mais altos, de modo que no final do
século XIX, década de 1870, o sítio atraiu famílias ricas do sul da cidade, fugindo da epidemia de cólera e febre amarela, pois a altura do terreno reduzia a presença de insetos portadores da doença. Enquanto as classes populares foram liquidadas no sul-sudeste da cidade, os mais ricos construiam mansões na Recoleta.

Essas famílias construíram no bairro mansões e grandes edifícios em estilo francês. Muitas dessas mansões foram demolidas no final dos anos
1950 e início de 1960. Assim, tem-se alusão a Buenos Aires como a Paris da América. Hoje, alguns desses edifícios tradicionais coexistem com modernos edifícios elegantes. Desde então, a Recoleta é um dos mais elegantes e caros bairros de Buenos Aires, concentrando mansões, embaixadas e hotéis de luxo, incluindo o luxuoso Alvear Palace Hotel.

Junto com alguns trechos dos bairros adjacentes do
Retiro e Palermo, Recoleta é parte da área conhecida como Barrio Norte, local de habitação tradicional dos setores mais abastados da sociedade que concentra grande parte da vida cultural da cidade.

*Fonte: Impressões pessoais, Wikipédia e relato do jornalista Marcelo Bartolomei, editor de Turismo Online




Igreja Nossa Senhora del Pilar
Ao fundo, Avenida Alvear


                                                             Biblioteca Nacional

                                           Parecem bonecas? Só as dos lados da moça


Cemitério Recoleta

Túmulo de Evita Perón






Para refletir



"A vida sempre nos ensina, mas nem sempre a gente aprende" (Gilberto von Hügel).

" A vida não está amarrada com um laço, mas ainda assim é um presente" (Regina Brett)

"Não viva para que sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida" (Bob Marley)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O aluno, o desempenho do professor e a meritocracia



Mudanças no sistema avaliativo do desempenho docente calcam-se na constatação de que o ensino ministrado em escolas gaúchas apresenta resultados pífios. Constitui-se como entrave à aprendizagem ao conservar ideias ultrapassadas, transferidas de uma geração para outra, como itens desmotivadores, porque os elementos constitutivos do ensinoaprendizagem centralizam-se nos conteúdos, desconsiderando os reais interesses do aluno.

Urge que os educadores repensem o ato de ensinar, visem ao aprofundamento de metodologias integradas e harmônicas e abandonem ações imediatistas e paliativas. Devem procurar dar base à educação que se centralize no aluno, franqueando-lhe a descoberta da realidade circundante, (transformando um ambiente onde se mantém sentado, muito ouve e pouco opina) para que ocorram transformações pessoais, na estrutura política e na moralidade do país.

Diante de indefinições, que direção e corpo docente não esperem soluções vindas do governo. Precisam, sim, redefinir valores educativos para aperfeiçoá-los, redescobrindo novos caminhos, adaptando conteúdos a serem ministrados ao tipo de cidadão que querem formar, preparando-o para evidenciar criticamente o desempenho que dele esperam. Em espaço renovado, não deve existir o centralizador do saber, mas círculos de cultura, cujos objetivos sejam o aluno e o seu crescimento cultural.

A ideia de educação permanente não é novidade. O novel é torná-la elemento comum e acessível a todos, em que a escola deixe de ser lugar privilegiado, restrito à transmissão de conhecimentos que, devido às mutabilidades rápidas demais, não permitem ao educador inteirar-se integralmente deles. Assim, se a escola não tiver como função exclusiva o ato de ministrar conteúdos, sobrará espaço para conceber, informar, exercitar o indivíduo para o conhecimento amplo, responsável por um futuro melhor dele e do espaço onde atua. Para isso, museus, teatros, cinemas, academias de desporto, dentre outros precisam ser mais bem utilizados para atividades coletivas com vistas a ações em que o professor não seja apenas o propagador do saber e use também recursos midiáticos e situações de vida.

A educação permanente e de qualidade compelirá o professor a pesquisar, a redefinir técnicas e métodos pedagógicos adaptáveis a um processo educativo voltado para o desenvolvimento da autonomia, da criatividade, da criticidade, da incorporação de princípios novos, da reestruturação de informes recebidos e acumulados em que o aluno possa ser visto como uma pessoa inteira, cujo ajustamento e desenvolver sociais sejam tão importantes quanto os conteúdos disciplinares. É preciso ainda que o professor conserve e realimente, na práxis atual, o mesmo entusiasmo e o prazer que sentiu quando lecionou pela primeira vez. Para tal, a meritocracia não poderá contribuir?

Imagens de cães em super câmera lenta: um show!

domingo, 23 de outubro de 2011

A vida e as cartas de pôquer


Todas as vezes que leio as manchetes de jornais denunciando (não seria melhor avisando?) todo tipo de corrupção no Brasil fico vermelha de raiva. O rosto se consome num calor de indignação, de vontade de voltar no tempo, ao útero de minha mãe, de lá fugir com o embrião de meu pai para nascer em outro país.

A Finlândia seria a pátria que escolheria para viver a vida que tanto sonhei. Lá não há corrupção. O governo dá prioridade à educação de seu povo. O lema dos governantes em quaisquer esferas é: Faço o meu povo FELIZ!”.

Nascer no Brasil é quase um ato de tira-sorte ou busca-azar.

Hoje, vou contar aqui um relato fantástico que ouvi em palestra proferida pelo notável professor Celso Antunes:

“Quando nascemos, cada um de nós recebe cinco cartas para começar como no pôquer:

Primeira: Nascemos num determinado lugar.

Segunda: nascemos de determinada cor.

Terceira: nascemos numa família pobre, classe média ou rica.

Quarta: nascemos com pouca ou muita inteligência.

Quinta carta? Ah! A quinta é a carta que a vida nos dá. É a carta da sorte ou do azar.

É a mais importante de todas. Ela pode contrabalançar todas as cartas ruins. Pode ser decisiva para a pessoa vencer na vida.

Já imaginaram quem nasce brasileiro, negro e burro? Vai precisar de muita sorte para vencer na vida.

Não sabemos como será o amanhã. Sabemos apenas que terá a forma que o educador lhe atribuir.“

É no que todos os professores deveriam pensar! E agir...

sábado, 22 de outubro de 2011

Campanha publicitária do Citibank


É para ler e refletir.

Campanha publicitária do Citibank espalhada pela cidade de São Paulo através de Outdoors:

"Crie filhos em vez de herdeiros."

"Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."

"Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."

"Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."

"Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."

"Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"

"Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."

"Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."

"...e quem sabe assim você seja promovido a melhor ( amigo / pai / mãe / filho / filha / namorada / namorado / marido / esposa / irmão / irmã.. etc.) do mundo!"

"Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."

E para terminar:

"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço."

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Olha eu na ZERO HORA! De novo, OBA!


Amigos, mais um artigo meu foi publicado em Zero Hora. Está na página 20 com o título: "As bases sociológicas da educação". Como sempre, não fui eu que vi , de antemão, o meu artigo. Foi a Marli, o meu Anjo Número Um. Embora o jornal tenha chegado, hoje, bem cedo, aqui em casa temos um estranho hábito: O César Augusto lê o jornal do dia e eu, o do dia anterior. Como inicia a leitura pela crônica do Paulo Sant'Ana, de trás para a frente, não vira o meu artigo.

Outro fato estranho: escrevo os artigos mateando e ouvindo algum comentário ou crítica feita por meu marido. Saio"do ar" e dedilho os textinhos que são publicados em ZH. "As bases sociológicas da educação" foi inspirada neste comentário feito por ele: "Como a sociedade maltrata os professores. Pouca gente se manifesta nesse seu dia."

Um prato cheio para minha inspiração. Isso será um dom ou é fruto de muita leitura? Só posso afirmar que tenho facilidade para escrever a qualquer hora e sobre qualquer tema...

Uma certeza tenho: é indescritível a minha felicidade quando ZERO HORA publica o que escrevo.


Rosas para vocês!

As bases sociológicas da educação

Eis o meu artigo, publicado em ZERO HORA de hoje:

As raras demonstrações de apreço dispensadas ao professor em 15 de outubro, pela mídia e representantes da sociedade, induzem a questionar os reais motivos de tanto desinteresse. É mister que se analisem as bases sociológicas da educação, visto que, na estrutura conservadora e dissociada da realidade em que é concebida, amalgamam-se o contexto social, político, econômico, religioso e cultural num todo hegemônico. Encontram-se, de forma desconexa, irreal e inautêntica, inovações e desenvolvimento à maneira de aparelho registrador coletivo. Concebidas sem consultar os envolvidos, as diretrizes educacionais são aplicadas com o intuito de oficializar o pensar social, a vivificação do presente, estabelecendo vínculos que transitam pelo passado, encadeando-o com o hoje e o amanhã como se fosse o elo capaz de desobstruir a realidade.

A proposta educativa às vezes se transforma em estrangulamento de qualquer processo desenvolvimentista, social ou individual. Ao sintetizar o pensar de dirigentes, se oriunda de cima para baixo, eclode como forma de desajuste entre imposições do sistema e a realidade a ser vivenciada pelo estudante, porque o aluno interfere de maneira restrita ou quase nula em mudanças sociais, já que o mundo da escola é universo subjacente que rompe e ignora a ingerência do homem. A educação é tida como uma forma de comportamento em que o estudante deve acatar o que lhe é imposto, ao invés de ser seu foco maior de interesse.

Conclui-se que o sistema de ensino resume-se a um conjunto burocratizante de conceitos, técnicas, metodologias, objetivos vários e enorme vontade em acertar por parte dos professores. Serve ainda como gerador de conflitos, empecilho de ações qualitativas, propenso à erradicação do conformismo, da acomodação e do alienamento de jovens. Surge disso uma educação desenraizada do contexto ao ignorar os anseios de seus integrantes enquanto deveria buscar aperfeiçoá-los visando a mudanças. Aliado a outras instituições, o ato de educar torna-se um aparelho ideológico, embora o professor não o perceba, ao insistir em tratar a todos por igual, quando o próprio estrato social se diversifica, já que para alguns estudantes o ensino é privilégio, para tantos, as escolas são válidas enquanto distribuem alimentos.

Os envolvidos no processo de desenvolvimento social devem verificar se os cursos de formação de professores preparam-nos para desempenhar suas funções com competência. Para mudar, precisam buscar respostas longe dos gabinetes, ouvir os jovens, sondar-lhes os anseios, analisar o comportamento das crianças, cujas capacidades intelectuais são irremediavelmente danificadas pelas privações e desestímulos do meio onde vivem. Sem envolvimento social e mudanças em ações docentes, nem remuneração justa aos professores poderá melhorar a qualidade da educação.


Artigo publicado em ZERO HORA, em 21 de outubro de 2011, pág. 20

Flores para um anjo que não troca I por E



Sem tempo para fazer uma boa crônica, reedito esta:

Depois que descobri a magia que é navegar pelo mundo eletrônico e virtual, parece que fiz dele o "bode expiatório" para amenizar a responsabilidade com que tenho passado pela vida como professora de Português.

Atuando, recai sobre mim todo o peso do cargo: fico antenadíssima nas palavras que articulo ou concretizo através da escrita. Já neste mundinho de faz de conta, "solto a franga", "desvisto o meu pretinho básico", calço a sandalinha rasteira e dou uma folga para a intelectualidade escrita. Quero dizer, escrevo coisas aqui e, raramente, releio. Significa que tenho cometido cada GAFE...

Sorte minha! Tenho uma amiga, que além de real, é também virtual. Amiga de verdade que não quer me ver "de saia justa" e deseja que eu continue" fazendo bonito" neste blog.

É tão atenta a Marli, nascida Gieseler e Girelli por "acidente" (recebeu esse sobrenome do maridão!)! Repetindo: é tão atenta a minha amiga e "puxadora de orelha" que parece ter olhos até nos dedos. Nota tudo, tudinho mesmo, especialmente, o que posto errado. Ao contrário de mim, distraída "de carteirinha" dia e noite. Inclusive, sou tão desligada que até o meu fiel marido (pelo menos é em que acredito), o grande Cesar Augusto, (o meu; não o de Roma) poderia ter "dado os seus pulinhos" com a minha melhor amiga, na minha própria cama e a desligadinha aqui nem sentiria o perfume dela, se é que usaria perfume...

Todo esse blá blá blá para dizer que a amiga puxa-orelha me deu um "flagra" daqueles. Sempre ensinei a meus alunos a usarem certos recursos mnemônicos (palavra chiquérrima!) para "não serem pegos de calças curtas" na hora de escrever ou falar . Agora, plagiando o grande Édison de Oliveira: "todo mundo tem dúvidas, inclusive você", reconheço que errei, vou continuar errando, porque sou distraída e humana...

Pois a "muletinha", (não é a amiga revisora, é o macete que citei acima), tem me dado tombaços várias vezes. Na última queda, esqueci de me amparar nela,(não na amiga; na muletinha) na hora em que fui digitar ADQUIRIR. Sabem que coloquei um "I", um izinho só e a minha "consciência virtual'', nominada Marli G. G., notou? Viva ela! Morra eu!

Havia me  esquecido do macete sobre o I: Se ADIVINHAR ganha um I, ADQUIRIR empresta ele para o Ivo. E nesta outra muletaça: ensinava às minhas "crianças" que incipiente e insipiente pareciam irmãos siameses, exceto a diferença gráfica simbolizada pelo c e o s. Para não usarem a palavra de forma errada, deveriam fazer o seguinte paralelo:

IniCiar lembra Começo, iníCio, iniCiante, pois. Já inSipiente lembra Sem Sabedoria, pois, pois como dizem os portugas. Não é que a "lesada" aqui trocou a coisa?

Disse a Marli que o insipiente com S era Sábio. Nossa! Fiz uma troca de 180°, porque, na verdade, INSIPIENTE quer dizer IGNORANTE.

Mais esta: para os meus discípulos memorizarem, ensinava que "enquanto o indígEna se agarra no E, o aborígIne se flecha com I". Não é que troquei a ordem das palavras e cometi mais um deslize escrito? E não é só isso... Troco, engulo, dobro letras...O que seria de mim sem meu Anjo Número Um?

Para esses meus "desvarios virtuais" servem, muito bem , os velhos e bem-humorados ditados populares: "Em casa de ferreiro, espeto de pau" e "façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço".


Para homenagear a minha revisora virtual e anjo da guarda deste blog, a MGG, ofereço flores, porque sempre deixam perfume em mãos que as oferecem.

Ah! E como o Blogger me deu uma escanteada, nem o meu Anjo Número Dois consegue fazer os seus adoráveis e sempre incentivadores comentários.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Não é para RIREM...



É para se indignarem!

E esta? 

Vocês sabem qual é a diferença entre o Fernandinho Beira-Mar e o Sarney, o Orlando Silva, o Palocci, a Marta Suplicy, o Lula e essa cambada toda?

Só o primeiro não usa gravata e nem saia!