quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mude!


"Mude. Mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.

Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa. Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias.




Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama... depois, procure dormir em outras camas.

Assista a outros programas de TV, compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances. Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.

Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.

Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias. Tente o novo todo dia, o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida. Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.

Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra
padaria.

Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental...
tome banho em novos horários.

Use canetas de outras cores
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.





Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escrevas outras
poesias.
Jogue fora os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.


Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um novo emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais
prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!


"Pedro Bial

Ah! Não sei se o texto é, realmente, de Pedro Bial, mas o que importa? Mude!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

As janelas da alma

O passado, às vezes, acelera rápido demais, em busca do lado avesso do tempo, enquanto o futuro insiste em se transformar num presente fugidio. Conheço pessoas que perdem momentos preciosos de suas existências, contemplando uma época que jamais retornará e amargam os seus dias em busca das memórias e dos momentos perdidos.

Convivo, também, com outras que se recusam a enfrentar a vida que eclode além de seus refúgios, verdadeiros claustros, ora redoma de vidro, ora bolha de sabão, perdendo, com isso, o privilégio de disputar com o sol a riqueza das sombras, a competir com as flores a beleza da Primavera e aceitam se ensimesmar dentro de seus frágeis casulos, olhando a vida através da transparência de suas janelas.

Conheço ainda homens e mulheres, sejam jovens ou não que, ao se depararem com o sucesso dos outros, destilam sobre eles palavras ácidas como fel e se detêm nas falhas, mesmo que esporadicamente cometidas, com a mordaz intenção de eclipsarem a grandeza do feito. Com tal atitude, parece que só têm olhos para enxergar o lado mais feio dos com que convivem, das ações executadas e das coisas para serem observadas. Acredito que só se detêm para ver ressaltados os erros alheios sem, no entanto, encantar-se com a boniteza que emana das pessoas, das coisas ou do realizado por elas.
A esse tipo de seres, que denomino de desmazelados ou desnaturados, só se pode dedicar pena por ser o menor e o mais infeliz dos sentimentos oferecido a alguém assim. Imagino, com isso, que deve se sentir ainda mais infeliz porque, somente quem tem um sentimento em escala tão inferior, como o ressentimento e a inveja, é capaz de se contentar com a insignificância da compaixão.

Esses seres ultrapassam os limites do bom senso e se envolvem na análise da vulnerabilidade dos que lhes são próximos, extrapolando nas críticas do que, inadvertidamente, não deu certo, ou não saiu exatamente como o almejado. As vítimas de sua cólera podem acertar mil vezes, mas basta o menor, talvez um único deslize, para que, ante um olhar míope, as falhas se agigantem. Muitas vezes, um imperceptível erro pode se transformar, na visão distorcida daqueles, numa grande falha, que fazem questão de relembrar a fim de guardá-la num glóbulo bem escondido da memória para jamais esquecerem e, com mais facilidade, cobrarem.



É justo nessas ocasiões que devem se colocar no lugar do criticado e entabularem perguntas, dirigidas a si mesmos, se fariam o que criticam melhor ou de outra forma mais interessante. Antes de lançarem desastradas críticas ou destilarem o seu veneno, devem abrir as janelas da alma para praticar o que a sensibilidade popular, há muito, toma conta dos mais sábios: se “as palavras valem prata, o silêncio vale ouro”. Portanto, se não se tem nada de bom ou de construtivo a dizer sobre alguém, é muito mais compensador não se dizer absolutamente nada.

Pensem nisso!

*Este texto foi escrito em homenagem a uma irmã muito querida, a Adejane, profissional dedicada, competente e criativa, mas que, por estranhos meandros da vida, e, por procurar atingir a perfeição em tudo o que realiza, muitas vezes lhe são lançados ferinos estilingues contra as suas realizações. Por ser pessoa de grande sensibilidade, sempre guerreira consegue, anjo caído, levantar-se contra os ataques lançados às janelas de seu calejado coração.

É a ela, também, que dedico o poema abaixo.





JANELAS

Haja chuva ou ventania,
no inverno ou no calor,
a janela tem mania
de um espreitar sem pudor...
Testemunha, alcoviteira
que revela ou denuncia,
ao abrigo da soalheira,
ela esconde... ou anuncia...

A janela enxerga longe
um fato sério ou banal
à socapa espia o monge,
ou o arrufo conjugal...
A fresta d'uma janela
pode ser uma armadilha
tudo que passa por ela
é bom tema de "partilha":

Promete sonho à criança
alenta o velho a esperar...
Mirante que não se cansa
da vida sempre a passar...
Descerra-se no calor,
vedada se é grande o frio,
acena com uma flor,
acolhe um gato vadio...

Olho a janela sem riso
sem bate-boca, arrelia,
parlatório onde o juízo
é sempre o prato do dia...

Traga Zéfiro nas asas
a orgia de outros ventos
a fecundar as janelas
co’a primavera de alentos.
Soprem ventos de Levante
a clausura sufocante,
libertem, por piedade,
o Canto desta cidade!
Sylvia Cohin

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Correção de trabalhos de Graduação, Mestrado, Doutorado, Livros e Textos



Venho atuando como professora de Português há 42 anos. Nesse período, além da prática docente, sempre ministrei cursos para concursos e venho corrigindo trabalhos de Graduação, Mestrado e Doutorado. Também faço correção de livros e todo tipo de textos.


Quem tiver interesse na correção do Português de seus trabalhos acadêmicos ou profissionais, entre em contado comigo pelo e-mail arletegudolle@gmail.com e terá a garantia de uma apresentação, gramaticalmente, perfeita.

Sequências

A vida é um somatório de alegrias e tristezas, saúde e doenças, encontros e desencontros,  perdas e ganhos, dias felizes e outros bastante desairosos que giram numa redoma de vidro e, portanto suscetível de quebrar a um toque mais desastrado. Saber viver faz parte de como bem gerir essa magnífica dádiva que é a existência individual. Transmitir felicidade, alegria e bem estar à vida de com quem convivemos é o lado mais sapiente de nosso estar no mundo.

No entanto, há pessoas que, por se sentirem infelizes, ou por acreditarem não ter sido contempladas com a magia da felicidade, fazem da vida dos outros um verdadeiro inferno dantesco. A elas, restam duas saídas: ou se redefinem enquanto seres e procuram agir de maneira mais agradável para que sejam aceitas por familiares e amigos, ou devem ser relegadas ao único lugar em que merecem estar: a indiferença.

Se não quiserem se redefinir e se reconstituir, devem inspirar-se no ciclo da vida, na sequência dos fatos, em exemplos similares. Isso precisa ocorrer porque cada um colhe os frutos que, paciente ou inconscientemente, plantou. Como diz o surrado bordão: “ Quem semeia ventos colhe tempestade. Quem semeia amor colhe saudades”. Vou além: Se cada um que deseja ser feliz e, em contrapartida,  fazer feliz a quem ama e os que o cercam, deve esquecer-se um pouquinho de dirigir o olhar apenas ao “ próprio umbigo” e vislumbrar o que se passa ao seu redor. De olhos bem abertos, poderá perceber um mundo repleto de coisas boas, de pessoas e situações prontas para abrirem-lhe as portas da própria felicidade, a fim de  torná-lo, da mesma forma, um ser mais pleno e, por isso, apto para ser  feliz. Ou, pelo menos, disposto a tentar...

Pense nisso.
Para melhor ilustrar o que escrevi, posto belas fotos a que chamarei de sequências...
























segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Minha relação com o Planeta

O domingo que passou surgiu radiante, levando-me e refletir sobre como tenho me colocado diante da ameaça de hecatombe que paira sobre o futuro de meus descendentes. Ao vislumbrar o esforço dos amores-perfeitos para se exibirem exuberantes nas jardineiras de minhas janelas, dei-me conta de que, se nada fizer, um dia, talvez não muito distante, cenas como essas poderão ser vistas só em fotos ou em filmes.

Com a passagem do tempo, fui puxando as rédeas da raiva que tomava conta de mim ao deparar-me com todas as mazelas que assolavam o Planeta. Fui pondo amarras em minha indignação contra injustiças e desmandos e decidi começar uma guerra pessoal de conscientização voltada a preservar o meu lugar, o espaço onde vivo e procuro ser feliz.


Iniciei por selecionar o lixo doméstico, a plantar mais flores, a recolher as fezes de meu cão, a não desperdiçar água, a apagar as luzes quando me afastava do ambiente em que iluminavam. Ao fazer uso do automóvel, venho estacionando-o em lugar estratégico e encaminhando-me às compras a pé.


Comecei a comprar menos para poluir menos também. Aprendi a usar produtos biodegradáveis e somente os que podem ser reciclados. Por ser teimosamente otimista, passei a acreditar que, se eu fizer a minha parte na preservação deste magnífico lar, que é a Terra, e, se conseguir influenciar outras pessoas, estarei somando preciosos pontos rumo a um consumo consciente e à
preservação do planeta.


Portanto, "é muito importante aprendermos a nos reconhecer com a natureza, repensarmos aquilo que comemos e bebemos, tudo o que consumimos". Devemos ter sempre em mente que "a sustentabilidade é um caminho sem volta até porque não se pode pensar em futuro sem pensar na preservação das reservas naturais, e a moda tem papel fundamental na propagação dessa mentalidade" e não alcançaremos mudanças significativas sem passarmos pela análise de nossas próprias cercanias.


Amigos e amigas visitantes!

Observem as belas fotografias da natureza e digam se campo, flores, rios, animais, montanhas e o mar não merecem ser preservados. Preservando-os e poluindo menos as cidades, todos eles, reconhecidos, tornar-se-ão ainda mais belos.Pensem nisso.

*(As duas citações são de Marion Cotillard, a esplendorosa intérprete de Piaf - Um hino de Amor e de Lilian Pacce, a editora de moda e apresentadora do programa GNT fasshion.)














Psiu! Perceberam que já passamos dos 100.000 visitantes?

ATENÇÃO!

Se quiserem ver melhor a beleza das fotos, basta darem um clique com o mouse no lado esquerdo e elas aumentam.